Gabarito:

  1. D Comentário: Quando alguns gregos, admirados e espantados com a realidade e insatisfeitos com as explicações dadas pela tradição, começaram a questionar e fazer perguntas e a buscar respostas para elas demonstrando que o mundo e os seres humanos, os acontecimentos naturais e principalmente os acontecimentos humanos e suas ações que podem pela razão humana ser conhecidos e que a mesma é capaz de conhecer-se a si mesma. Quando alguns pensadores gregos se deram conta de que a verdade do mundo e dos humanos não era algo secreto e misterioso, que precisasse ser revelado por divindades a alguns escolhidos, mas que, ao contrário podia ser conhecida por todos por meio das operações mentais de raciocínio, que são as mesmas para todos os seres humanos.
  2. C Comentário: O surgimento da filosofia se dá mediante uma série de transformações sociopolíticas, econômicas e culturais na Grécia e, por isso, não pode ser considerado como excepcional ou milagroso.
  3. E Comentário: Os autores possuem opiniões divergentes no que tange à natureza do conhecimento humano. Para Descartes os sentidos não são confiáveis e a formação do conhecimento humano só pode ser baseado na razão, já para o filósofo, historiador e ensaísta escocês David Hume (1711-1776) eram os sentidos que determinavam o conhecimento e as “impressões” eram mais fortes que os pensamentos e ideias.
  4. C Comentário: Atenção ao texto e a pergunta. Ela está diretamente relacionada ao surgimento da filosofia. O filósofo Nietzsche faz uma reflexão sobre o período pré-socrático, início da filosofia Grega, conhecida também como cosmologia. Faz menção indireta ao filósofo Tales de Mileto, que acredita que a arché – fonte criadora de tudo (physis) - era a água. Por mais absurdo que isso possa parecer, é uma das primeiras tentativas de explicar a origem das coisas sem se utilizar de mitologia ou fabulações.
  5. C Comentário: A democracia surgiu na Grécia, especialmente em Atenas. Esse regime era estabelecido como forma de participação direta, ou seja, todo cidadão tinha o direito de participar ativamente da vida política de sua pólis sem precisar escolher um representante para isso. Mas apenas homens livres e nativos maiores de 18 anos tinham direito à cidadania. Essa questão aponta o fato de a cidadania ser negada à mulher e ela ter na escala social apenas a função de administrar a economia doméstica.
  6. D Comentário: O nascimento da filosofia é contemporâneo a transformações na estrutura social grega. Algumas das principais estão expressas na alternativa [D].
  7. E Comentário: A mudança a respeito do pensamento cosmológico na Grécia Antiga é acompanhada por profundas transformações na estrutura social, econômica e política da região no período. Não se pode separar a relação da filosofia com a estrutura social grega. A única alternativa que trata de maneira satisfatória dessas transformações é a alternativa [E].
  8. D Comentário: A filosofia nasce, historicamente, em um período da Grécia antiga no qual se modificava a maneira com que os homens se relacionavam. Sendo que os mitos organizavam toda a vida social, consolidando práticas e cerimônias religiosas nas famílias, entre as famílias, nas tribos, entre cidades, etc., a sua modificação, ou até extinção, inevitavelmente faria renascer, distinta, a organização das relações dos homens entre eles mesmos nas casas e na cidade. A filosofia, por conseguinte, tem sua origem em duas modificações uma contextual e outra subjetiva, isto é, uma modificação na cidade e outra no próprio homem. As modificações da cidade e da própria subjetividade se confundem, pois a própria cidade deixa de se conformar com certas tradições religiosas e a própria subjetividade, com o passar das gerações, deixa de prezar os valores ancestrais organizados nos mitos. Com essas mudanças, a cidade e o homem passam a se constituir a partir de outras práticas consideradas fundamentais, como o pensamento racional – um pensamento com começo, meio e fim e justificado pela a experiência do mundo, sem o auxílio de entes inalcançáveis.
  9. A Comentário: A forma proposta pelos gregos para compreender o universo não foi algo que surgiu espontaneamente, ela foi impulsionada por fatores como: as navegações, o desenvolvimento da moeda, da escrita, a invenção do calendário e principalmente o surgimento da “polis” (cidade). Estes fatores possibilitaram, a estes primeiros pensadores, concentrar suas reflexões sobre a “phisys” (natureza) a fim de encontrar o “arché” (princípio) por meio de um “logos” (discurso) que pudesse compreender racionalmente o “cosmos” (universo). A busca por explicações mais gerais, que conseguissem dar respostas mais duradouras e definitivas acerca realidade (mundo, natureza e ser humano), mostrou que poderia ser apreendida pelo pensamento. Desta forma, a compreensão da natureza e de sua constituição permitiu o entendimento racional de leis pelas quais a natureza opera, sendo assim perfeitamente possíveis de serem compreendidas e expressas de forma racional por meio de nosso pensamento.
  10. D Comentário: A filosofia nasce, historicamente, em um período da Grécia antiga no qual se modificava a maneira com que os homens se relacionavam. Sendo que os mitos organizavam toda a vida social, consolidando práticas e cerimônias religiosas nas famílias, entre as famílias, nas tribos, entre cidades etc., a sua modificação, ou até extinção, inevitavelmente faria renascer, distinta, a organização das relações dos homens entre eles mesmos nas casas e na cidade. A filosofia, por conseguinte, tem sua origem em duas modificações: uma contextual e outra subjetiva, isto é, uma modificação na cidade e outra no próprio homem. As modificações da cidade e da própria subjetividade se confundem, pois a própria cidade deixa de se conformar com certas tradições religiosas e a própria subjetividade, com o passar das gerações, deixa de prezar os valores ancestrais organizados nos mitos. Com essas mudanças, a cidade e o homem passam a se constituir a partir de outras práticas consideradas fundamentais, como o pensamento racional – um pensamento com começo, meio e fim e justificado pela a experiência do mundo, sem o auxílio de entes inalcançáveis.